Batalha Grega: Torcedores destroem o próprio estádio para que rival não use

A violência no futebol grego está assustando, e desta vez chegou a níveis alarmantes. Os torcedores do Panonios destruíram o próprio estádio, o Nea Smyrni, para que o rival AEK não pudesse utilizá-lo.

O estádio do AEK, o Olímpico de Atenas, foi barrado pela UEFA por estar com péssimas condições de gramado. Com isso, o usaria o Nea Smyrni, porem os torcedores do Panonios ficaram revoltados e depredaram todo o gramado e os bancos de reservas do estádio.

O jogador brasileiro Dudu Cearense que atua no Olympiacos da Grécia, já comentou sobre a violência do futebol na Grécia. “Os torcedores gregos são muito fanáticos, certa vez quando os jogadores do Olympiacos entravam ou saíam do vestiário para o campo, tinham que passar correndo e protegendo a cabeça, porque chovia todo tipo de objeto em nossa direção”, testemunha Dudu, jogador do Olympiacos.

Outro que já reclamou do futebol grego foi Zico que lembrou de sua passagem como técnico no futebol grego: “Antes do jogo, torcedores invadiam o gramado, duelavam com policiais e com outros torcedores. Bombas eram ouvidas e nosso time ficou preso no vestiário uma hora antes da partida começar pelo temor em relação à nossa integridade física”.
Nos escanteios, garrafas plásticas e objetos eram arremessados nos bandeirinhas, nos jogadores, como se todos fôssemos alvos em uma batalha. E, no intervalo, cadeiras arrancadas eram exibidas dentro do campo por torcedores que, novamente, invadiam o gramado, conta Zico. “Eu, que voltava com o time para o segundo tempo, tive que me proteger. Um de nossos reservas não teve a mesma sorte e foi atingido na cabeça. Depois da partida, soubemos que a briga continuou fora do estádio”, lembrou o Galinho e atual técnico do Flamengo.