
Segundo dados do IBGE, quase 20% da população brasileira mudou sua posição religiosa nos últimos 30 anos. Além destes, extraoficialmente, outros muitos aderiram ou simpatizaram com filosofias como a ioga, a meditação, o panteísmo, entre muitas outras. A motivação dessa mudança, normalmente, são as novas ideias adotadas proporcionarem respostas que a crença anterior não lhes permitia.
Senhores que se identificaram ou indentificam conhecidos no fato descrito, sentem-se. Vocês estão no País das Maravilhas e são, no mínimo, distraídos. Deram voltas e não perceberam que seguem todos para o mesmo ponto. Sendo mais direta, as religiões e filosofias objetivam uma mesma conquista e todas são capazes de atingi-la, apenas apresentam formatos diferentes. Não quero dizer que a troca seja dispensável ou isenta de ganhos. O intento chega a ser oposto. Quero destacar que, assim como espelhos, cada um capta uma percepção do objeto. Somos todos pequenos espelhos, um refletindo no outro, construindo e influenciando a imagem.
Esse rodeio inspirado no início de um novo ano é para, publicamente, especialmente, cordialmente e aparentemente, pedir que o discurso da presidente empossada, Dilma Roussef, prejete não só reflexos, que um mundo em paz não seja só reflexo, que as pessoas não apenas reflitam (note-se) mas formem todas, unidas, nítidas imagens, concretude dos anseios por um cotidiano melhor.
Refletindo muita esperança,
Karen Campos
*Karen Campos é estudante de Direito e escreve para o Singular.
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